sexta-feira, 9 de maio de 2014






Venha noite, venha cair e deixar
escorrer o orvalho da madrugada,
venha com seus perfumes de flores,
venha matar minha saudade.
Venha noite, empresta-me, a lua,
com todo o seu esplendor,
com todo o seu luar,
venha, mas venha nua,
venha com muita vontade de amar.
No toque e na luz,
noite de estrelas
venha serena,
com sua boca pequena,
venha e me seduz,
faça do meu infinito,
a noite do meu grito.
Venha derramar o vinho
nas bocas sedentes,
venha beber no cálice,
venha sentir o que te alimenta,
no conforto do meu ninho.
Ah, doce noite,
de magia estrelar,
abraça-me, com tuas caricias,
entregue-se, nos açoites,
faz de mim, um homem a delirar.
Venha noite,
venha com sua devastadora paixão,
quero fazer-te, feliz,
venha sentir o calor do meu coração,
venha amar como se fossemos aprendiz,
venha sentir a sensação
e a energia do meu toque.
Venha noite,
venha conhecer a vida de um errante,
na arte dos prazeres,
nos sonhos dourados das camas,
das horas e enegreceres,
embriagando–se,
no doce perfume de quem ama,
venha noite, venha para mim.

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